terça-feira, 5 de junho de 2007

RAUL BOPP

Raul Bopp (Vila Pinhal RS, 1898 - Rio de Janeiro RJ, 1984) fundou, por volta de 1917, os seminários O Lutador e Mignon, em Tupanciretã RS. Cursou Direito, entre 1918 e 1925, em Porto Alegre RS, Recife PE, Belém PA e Rio de Janeiro RJ; cada ano letivo foi freqüentado em uma capital. Percorreu longamente a Amazônia, na década de 1920. Em 1922 participou na Semana de Arte Moderna, em São Paulo SP. Dois anos depois, passou a integrar os movimentos Pau-Brasil e Antropofágico, com Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Antônio Alcântara Machado. Em 1931 lançou Cobra Norato, seu primeiro livro de poesia e um dos mais importantes do Modernismo. Foi jornalista e diplomata; entre 1942 e 1973 viveu em Los Angeles (EUA), Berna (Suíça), Rio de Janeiro RJ, Brasília DF e Porto Alegre RS. No período, publicou os livros em prosa América, Notas de um Caderno Sobre o Itamaraty, Movimentos Modernistas no Brasil: 1922/1928, Memórias de um Embaixador, Bopp Passado a Limpo por Ele Mesmo, Vida e Morte da Antropofagia e Longitudes, entre outros. Fazem parte de sua obra poética Urucungo (1932), Poesias (1947), Mironga e Outros Poemas (1978), entre outros. Raul Bopp é um dos nomes fundamentais da primeira geração do Modernismo. Murilo Mendes afirmou que "Cobra Norato é o documento capital dessa ruptura de um poeta que, tendo viajado tanto e conhecido culturas tão diferentes, permaneceu tipicamente brasileiro e levou a termo, em pleno século XX, o que os outros descobridores do Brasil tinham tentado em vão desde o início do século XVII. Na linguagem, Bopp, forjador de um léxico saboroso, fundiu sabiamente vozes indígenas e africanas, alterando a sintaxe, sem cair nos exageros e preciosismos de Mário de Andrade."

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